Seja bem-vindo(a)!

Esse é mais um canal para você conhecer a ABGEV e saber sobre suas atividades e realizações.
Participe com seus comentários. Interagir é fundamental!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

ABGEV E FOHB JUNTAS POR MAIS SEGURANÇA NOS HOTÉIS - Entrevista ao "O Gestor", nr. 6

Em junho de 2007, ocorreu em São Paulo, o 1º Fórum de Segurança em Viagens Corporativas, com o objetivo de estabelecer metas que ajudassem a garantir a segurança e o bem-estar dos viajantes de negócios dentro dos hotéis. O evento foi realizado graças à parceria entre a ABGEV e o FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil). Em entrevista ao O Gestor, Rafael Guaspari, Presidente do FOHB falou sobre o problema da segurança, fez uma análise sobre as redes hoteleiras, o mercado corporativo e outros assuntos ligados ao setor.

1-Quais medidas estão sendo tomadas para solucionar o problema da segurança?
Rafael Guaspari: Estamos produzindo uma cartilha que irá orientar os hóspedes do setor corporativo sobre como ele deve se comportar e se proteger dentro de um hotel. Serão criados também informativos institucionais e um calendário de programas de sensibilização em segurança. Essas questões envolvem não só a estrutura dos hotéis, mas principalmente a estratégia com que esses problemas são enfrentados. Por isso, mais do que combater é preciso prevenir. E, para isso, clientes e funcionários devem se conscientizar de que esse é um trabalho em conjunto.

2-Qual é a representatividade do mercado corporativo no setor de hotelaria?
RG:
Entendo que os hotéis estão se tornando cada dia mais ecléticos. Empreendimentos corporativos buscam hospedes de lazer e vice-versa. Em alguns casos, principalmente nos hotéis econômicos voltados para o mercado corporativo este tipo de hóspede chega a representar 80% da ocupação. A média nacional, considerando-se todos os hotéis, deve ficar perto de 50%.

3-O que os hotéis priorizam quando vão inaugurar um empreendimento?
RG: Em primeiro lugar a viabilidade do negócio. Para isso, deve-se estudar o perfil do mercado e adaptar o hotel tanto a ele quanto às condições do local aonde ele será instalado. Só assim poderemos explorar todas as potencialidades do futuro empreendimento É fundamental ainda levar em consideração o interesse dos investidores. Atualmente, os grandes hotéis se estabelecem a partir do investimento de terceiros, que buscam um bom retorno com o negócio.

4-Como as redes hoteleiras estão se posicionando no mercado corporativo nacional?
RG:
O Brasil passa por um bom momento no mercado corporativo. São Paulo está atingindo as expectativas dos players do setor. Até 2010 não há perspectiva de inaugurações de novos empreendimentos e nos últimos cinco anos, a taxa anual de ocupação nos hotéis subiu de 40% para 60%. Já em outras regiões brasileiras o período é de investimentos em novas propriedades. Existe uma demanda crescente nestas regiões que justifica estes novos produtos. Temos apenas que estar atentos e utilizar a estratégia correta para cada região deixando de lado o otimismo infundado do começo desta década. Sob uma ótica nacional, posso dizer que a oferta está aumentando.

5-As redes hoteleiras estão começando a apostar nas categorias econômicas?
RG:
O volume de investimento nos hotéis econômicos vem aumentando ao longo dos anos. Hoje a demanda do turismo corporativo cresce em todos os segmentos e o econômico não é exceção. Principalmente porque a oferta no segmento ainda não é suficiente para suprir a quantidade de viajantes corporativos. É um tipo de hospedagem que está se tornando viável para as empresas, cada vez mais preocupadas com a redução dos custos.

6-Qual é o critério que as redes utilizam para classificar seus hotéis?
RG:
Não existe nenhum critério formal estipulado por lei para classificar os hotéis como anteriormente competia a Embratur. Hoje, as redes determinam sua própria qualificação, levando em consideração o produto, os equipamentos existentes e os serviços oferecidos. Para muitas redes, uma classificação própria é um diferencial a ser explorado. Para orientar os clientes o FOHB disponibiliza em seu site uma classificação dos hotéis das redes associadas.