Pesquisa realizada em agosto ouviu 90 empresas de diversos setores
Vôos atrasados, sem previsão de saída ou chegada. Cancelamentos em aeroportos de todo o país. Mudanças e remarcações de rotas de última hora, sejam pelas reformas no aeroporto de Congonhas (SP), seja pelo fechamento de uma das pistas de Cumbica. Acrescenta-se a isso o medo de voar, que passou a atingir os executivos de forma mais intensa e freqüente. O cenário de crise, deflagrada há quase um ano, se agravou no dia 17 de julho. E é claro que o setor de viagens corporativas vem sentindo os prejuízos. Mas como mensurá-los?
Para analisar uma prévia desses efeitos e as medidas de segurança que as empresas vêm tomando diante da crise, a ABGEV preparou uma pesquisa exclusiva com o mercado corporativo. O levantamento entrevistou gestores de 90 empresas brasileiras entre os dias 07 e 17 de agosto. A primeira constatação, já esperada, foi a redução do número de viagens. Em 27% das companhias pesquisadas, a queda foi de até 10%; já 35% delas dizem que esse número caiu até 20%; para 6% dessas empresas, a queda foi entre 36% e 45%; e 3% dizem que as viagens caíram acima de 46% desde outubro de 2006.
As empresas também foram questionadas acerca dos impactos gerados sobre os eventos previstos para o período. E, segundo 43% das entrevistadas, o impacto gerou cancelamentos ou postergou os eventos corporativos programados até agosto/setembro de 2007. Desse grupo, 10% calculam um prejuízo de até R$ 500 mil devido aos remanejamentos ou cancelamentos dos vôos; e 48% não souberam informar. “Realmente fica difícil mensurar algo não-palpável”, lamenta o Diretor Executivo da ABGEV, Alberto G. Martins, e coordenador da pesquisa.
Outro dado importante: 37% das empresas pesquisadas afirmam ter restringido viagens que tenham vôos chegando ou partindo do aeroporto de Congonhas, desde julho. Outros índices mostram que a maioria das empresas não estava preparada para imprevistos desta magnitude. Em 64% das entrevistadas, não há – nem nunca houve – nenhuma regra para impedir funcionários de viajarem no mesmo vôo. As demais se dividem: 28% apresentam restrições, mas somente para funcionários de um mesmo departamento; e 8% impedem que funcionários de qualquer departamento viajem juntos. Das empresas que restringem seus funcionários de viajarem juntos, 38% aplicam a regra conforme o nível hierárquico, sendo que a maioria (92%) só considera os cargos de presidência e diretoria. Os outros 62% não fazem restrição quanto a cargo. “Essa norma faz parte da política de viagens dessas empresas. Algumas devem passar a adotá-la depois dos últimos acontecimentos”, comenta Alberto.
Além dos impactos econômicos, os entrevistados ainda apontaram outras conseqüências sentidas a partir do direcionamento da malha aérea de Congonhas para o aeroporto internacional de Guarulhos. 69% dos entrevistados acreditam que haverá aumento nos custos totais das viagens; para 61% das empresas, a dificuldade na logística das viagens dos executivos será outro gargalo e 19% acreditam que a mudança também dificultará a logística para a realização de eventos corporativos. Além de muito transtorno, é claro.“Com essa pesquisa obtivemos uma amostragem dos prejuízos e mudanças causadas pelo caos aéreo na indústria de viagens corporativas. Será mais um documento na luta contra o descaso do governo perante o nosso setor”, concluiu Alberto Martins.
Vôos atrasados, sem previsão de saída ou chegada. Cancelamentos em aeroportos de todo o país. Mudanças e remarcações de rotas de última hora, sejam pelas reformas no aeroporto de Congonhas (SP), seja pelo fechamento de uma das pistas de Cumbica. Acrescenta-se a isso o medo de voar, que passou a atingir os executivos de forma mais intensa e freqüente. O cenário de crise, deflagrada há quase um ano, se agravou no dia 17 de julho. E é claro que o setor de viagens corporativas vem sentindo os prejuízos. Mas como mensurá-los?
Para analisar uma prévia desses efeitos e as medidas de segurança que as empresas vêm tomando diante da crise, a ABGEV preparou uma pesquisa exclusiva com o mercado corporativo. O levantamento entrevistou gestores de 90 empresas brasileiras entre os dias 07 e 17 de agosto. A primeira constatação, já esperada, foi a redução do número de viagens. Em 27% das companhias pesquisadas, a queda foi de até 10%; já 35% delas dizem que esse número caiu até 20%; para 6% dessas empresas, a queda foi entre 36% e 45%; e 3% dizem que as viagens caíram acima de 46% desde outubro de 2006.
As empresas também foram questionadas acerca dos impactos gerados sobre os eventos previstos para o período. E, segundo 43% das entrevistadas, o impacto gerou cancelamentos ou postergou os eventos corporativos programados até agosto/setembro de 2007. Desse grupo, 10% calculam um prejuízo de até R$ 500 mil devido aos remanejamentos ou cancelamentos dos vôos; e 48% não souberam informar. “Realmente fica difícil mensurar algo não-palpável”, lamenta o Diretor Executivo da ABGEV, Alberto G. Martins, e coordenador da pesquisa.
Outro dado importante: 37% das empresas pesquisadas afirmam ter restringido viagens que tenham vôos chegando ou partindo do aeroporto de Congonhas, desde julho. Outros índices mostram que a maioria das empresas não estava preparada para imprevistos desta magnitude. Em 64% das entrevistadas, não há – nem nunca houve – nenhuma regra para impedir funcionários de viajarem no mesmo vôo. As demais se dividem: 28% apresentam restrições, mas somente para funcionários de um mesmo departamento; e 8% impedem que funcionários de qualquer departamento viajem juntos. Das empresas que restringem seus funcionários de viajarem juntos, 38% aplicam a regra conforme o nível hierárquico, sendo que a maioria (92%) só considera os cargos de presidência e diretoria. Os outros 62% não fazem restrição quanto a cargo. “Essa norma faz parte da política de viagens dessas empresas. Algumas devem passar a adotá-la depois dos últimos acontecimentos”, comenta Alberto.
Além dos impactos econômicos, os entrevistados ainda apontaram outras conseqüências sentidas a partir do direcionamento da malha aérea de Congonhas para o aeroporto internacional de Guarulhos. 69% dos entrevistados acreditam que haverá aumento nos custos totais das viagens; para 61% das empresas, a dificuldade na logística das viagens dos executivos será outro gargalo e 19% acreditam que a mudança também dificultará a logística para a realização de eventos corporativos. Além de muito transtorno, é claro.“Com essa pesquisa obtivemos uma amostragem dos prejuízos e mudanças causadas pelo caos aéreo na indústria de viagens corporativas. Será mais um documento na luta contra o descaso do governo perante o nosso setor”, concluiu Alberto Martins.
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